Nos dias atuais ainda deparamos com situações adversas com relação a mulher e seu mundo financeiro incompreendido, inclusive, por outras tantas mulheres que acreditam que o mundo é dos homens e que eles realmente têm direitos exclusivos não extensivo ao universo feminino.

O machismo não é postura limitada ao homem, ser machista é um conceito ultrapassado de uma visão distorcida da capacitação da mulher, seu mundo, suas peculiaridades, sonhos, conquistas, amores e até revoltas. 

Não sou nenhuma estudiosa sobre a questão, feminista ou machista, apenas curiosa, mãe e empresária, com noção de valores e qualidades simples do Ser.

Estarmos no Brasil, China, América do Norte, França, Índia, Rússia, Coreia, Alemanha….não importa, há peculiaridades no universo feminino que nos une e nos identifica como iguais; a maternidade.

Tanto faz, uma mulher pobre ou rica, cútis clara ou escura, intelectual ou analfabeta, a forma como se dá a concepção, como um novo Ser se desenvolve no corpo de uma mulher é sempre a mesma. 

Apesar dessa identificação e aproximação que nos torna “iguais” temos formas distintas na nossa relação com a vida, cultura, valores, ética, auto estima, estética.

Assim também se dá na nossa relação com o dinheiro e sua utilização. A relação da mulher com o dinheiro e o universo imaginário sobre a questão é bem amplo e controverso. Foram escritos diversos livros sobre o assunto e na maioria das vezes, acredita-se que dado a sua (falsa) fragilidade física, há uma fragilidade intelectual, consecutivamente lidar com finanças não é muito próprio

As conquistas das mulheres foram muitas, porém ainda há muito a se fazer e uma das coisas é a mulher não só trabalhar e estudar mas acreditar que merece ter dinheiro.  Se a mulher tem capacidade de gerar renda porque não administrar a própria renda, seus recursos, de forma equilibrada e inteligente. 

Como educadora e terapeuta financeira, identifiquei, através de conversas paralelas e com declarações de outras profissionais da área, que quando as mulheres negociam para terceiros, atingem resultados melhores do que quando negociam para elas mesmas. O resultado evidencia que as mulheres dão menos importância às suas próprias necessidades e se dão menor valor profissionalmente. 

Falando da importância da mulher e sua luta por igualdade, é interessante aqui relatar e compreender a dupla luta da mulher negra. A partir das cartas de alforria visualiza-se como essas mulheres construíram estratégias para a conquista de sua liberdade e as alforrias femininas superam as masculinas ao longo dos anos de 1850 a 1888. Portanto, essas mulheres precisaram saber economizar e proteger seu dinheiro em prol de um grande sonho. Apesar das adversidades e brutalidade enfrentadas por essas mulheres negras que no trato eram tidas como as mais inferiores das criaturas de toda a cadeia humana, foram capazes de juntar valores para pagar a própria liberdade que por vezes, dependendo de quem era seu “dono” tratava-se de um valor superior a de uma boa casa. 

Hoje, identificamos uma desconstrução de uma estrutura que muita gente demora muito para perceber, colocando as mulheres em situações adversas contra tudo e todos,  duvidam de sua capacidade de se auto gerir e administrar seus recursos financeiros conquistando um mundo melhor e mais justo. 

Com base em um novo conceito, estritamente comportamental que trabalha com foco no sonho e na condução inteligente dos recursos financeiros, oriento essas mulheres reverem seus saldos, recursos, soldos, ganhos, investimentos, trocas, mesadas e fazer um “check up” (diagnóstico) que é o primeiro e grande passo em direção a saúde financeira.

Para tal conquista é necessário conhecer melhor seus pontos fortes e assim,  optar mais positivamente, acreditando e decidindo como direcionar seus recursos financeiros; identificar o que poderá ser feito de diferente do que foi feito até então para realizar seus sonhos.

É importante as mulheres fazerem escolhas inteligentes e o ponto de partida para a Independência Financeira é conquistada através de ações pontuais em nome de um propósito.

Janina Jacino
Educadora Financeira Comportamental
CRC SP 094877/O-4
19/03/2017

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